Caranguejo-ferradura






Reino: Animalia
Filo:
Arthropoda
Classe:
Merostomata
Ordem:
Xiphosura
Família:
Limulidae
Género:
Limulus
Espécie:
L. polyphemus
Nome científico:
Limulus polyphemus


O límulo (Limulus polyphemus) é um artrópode quelicerado, também conhecido como caranguejo-ferradura. Apesar do nome, esta espécie está mais próxima das aranhas e escorpiões que dos caranguejos (Crustacea) propriamente ditos. Na verdade os caranguejos-ferradura são colocados ao lado dos aracnídeos no subfilo Chelicerata arthropodal. Estão, portanto, juntos com os escorpiões e aranhas.
São representantes do mais antigo grupo animal, que ainda vive sobre a face da Terra, os Merostomatas. Surgiu há cerca de 300 milhões de anos.

Os caranguejos adultos passam grande parte de suas vidas no fundo das baías ou no oceano aberto, onde eles atacam vermes poliquetas, moluscos e pequenos crustáceos.
Vivem aproximadamente uns 22 anos e durante um período de até 12 anos, eles mudam entre 16 e 19 vezes antes de atingirem a maturidade sexual e podem viver por mais 10 anos na vida adulta reprodutiva depois disso.

Quando não estiver nas praias de desova durante a primavera, os adultos passam à vida longe da costa. Nós não sabemos a profundidade máxima em que os caranguejos-ferradura adultos vivem. Enquanto muitos habitam os mares há mais de 30 metros, alguns foram encontrados na plataforma continental do Atlântico em profundidades de mais de 200 metros.

Os límulos são normalmente encontrados no Golfo do México e ao longo das costas do Atlântico Norte (Baía de Delaware), para onde comumente migram ano após ano. Durante toda a primavera esses animais sobem, aos milhares, até as praias para desovar, durante as marés altas, nas noites de lua nova e cheia. As fêmeas desovam em média 20.000 ovos por cova que cavam na areia da praia; as larvas eclodem após duas semanas. Podem atingir os 50 cm.

Límulos possuem a rara habilidade de regenerar seus membros perdidos, de uma forma similar ao que fazem as estrelas-do-mar. Esse atributo foi recentemente provado por Sue Shaller, do Serviço Americano de Vida Selvagem.

Estes animais são extremamente valiosos como espécies para a comunidade de pesquisas médicas. Desde 1964 uma substância feita através do sangue (que é azul) dos Límulos, chamada LAL (Limulus Amebocyte Lysate, em inglês) vem sendo testada contra endotoxinas bacterianas e na cura de várias doenças causadas por bactérias. Os animais podem ser devolvidos à água após a extração de uma certa quantidade de seu sangue, fazendo com que essa busca não se torne um risco à sobrevivência destes artrópodes. A vida de um único Límulo para extração sangüínea periódica pode valer até 2.500 doláres. O sangue destas criaturas é azul, o que é um resultado da alta concentração de hemocianina cuprosa ao invés da hemoglobina ferrosa encontrada, por exemplo, nos humanos. O fato de os Límulos terem evoluído tão pouco ao longo desses 300 ou 400 milhões de anos é uma das razões que faz deste um animal tão diferente dos demais.

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