TAMANDUÁ-MIRIM

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Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe:
Mammalia
Ordem: Xenarthra
Família: Myrmecophagidae
Género:
Tamandua
Espécie:
T. tetradactyla
Nome científico: Tamandua tetradactyla
Nome em inglês: Lesser anteater



O tamanduá-mirim faz parte da família Myrmecophagidae, juntamente com os tamanduás-bandeira e os tamanduaís, e de uma ordem extremamente primitiva, os xenarthras, que possuem baixa temperatura corpórea e baixo metabolismo, associados aos hábitos arbóreos e ao consumo de alimentos pouco energéticos. Os baixos níveis metabólicos são influentes nos longos períodos de gestação, cuidados com filhotes (parentais) e número reduzido de crias.

No que se refere ao estudo evolutivo dos seus parentes mais próximos (uma ciência chamada Cladística), os tamanduás-mirins descendem de um ancestral comum ao dos tamanduás-bandeira. Havia apenas uma espécie que, por algum motivo geográfico ou genético, dividiu-se em dois gêneros distintos, Tamandua: tamanduá mirim e tamanduá mexicano e Myrmecophaga: tamanduá bandeira. Já o tamanduaí (Cyclopes), é um parente próximo da espécie que deu origem a eles.

O tamanduá-mirim ocorre na América do Sul, a oeste dos Andes, Venezuela, ao norte da Argentina e no Brasil. Seu comprimento total pode variar de oitenta e cindo a cento e quarenta centímetros, com peso de dois a sete quilos. Possui uma cauda que muitos pesquisadores consideravam preênsil, mas foi constatado que ela apenas auxilia na locomoção e na captura de alimentos nos galhos mais altos, sendo semi-prêensil.

Suas patas anteriores, como as dos outros da mesma família, constituem-se de garras centrais aumentadas, são capazes de flexões e rotações variadas para obter alimento, escalar e defender-se. As patas posteriores, ao contrário, possuem cinco dedos pequenos com unhas proporcionais. Apesar do baixo metabolismo, correm em velocidade considerável. Quando acuados ou irritados põe-se em posição de defesa, sobre as patas posteriores, com o auxílio da cauda, os membros anteriores abertos como pinças esperando para agarrar a vítima.
Antes de serem classificados como Xenarthras eram os chamados Edentatas, os que não possuem dentes verdadeiros. Para evitar acidentes corriqueiros de identificação, mudou-se para Xenarthras. Os tamanduás não possuem dentição, e por isso têm as garras potentes para defenderem-se e quebrar cupinzeiros, e uma língua longa e revestida de muco para que seja totalmente eficiente na captura do alimento. Seu olfato também é muito desenvolvido.

É fácil identificar a maioria dos tamanduás-mirins, pois apresentam no dorso, além do amarelo que varia do bem claro ao tom ouro, um “colete” preto que sai dos ombros e acaba na base da cauda. Em algumas regiões, entretanto, há tamanduás-mirins totalmente amarelos! Sua cauda é pelada com algumas manchas escuras. Seu crânio tem formato alongado, juntando-se ao focinho, à boca e aos olhos muito pequenos. Tudo para facilitar suas investidas em buracos pequenos de cupinzeiros.

É muito difícil encontrar um indivíduo de tamanduá-mirim durante o dia, já que são de hábitos crepusculares e noturnos. Dentro de 350 a 400 hectares pode-se encontrar dois indivíduos. São solitários, encontram-se apenas em época de reprodução. As fêmeas são poliéstricas com gestação que varia de 130 a 190 dias, gerando apenas um filhote. Não está na lista do IBAMA de animais ameaçados, porém é necessário cuidar das matas e do cerrado para que continue assim. Em cativeiro vivem em média nove anos.

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