URUBU REI



Reino: Animalia
Filo:
Chordata

Classe:
Aves

Ordem:
Cathartiformes

Família:
Cathartidae

Género:
Sarcorhamphus

Espécie:
S. papa

Nome científico:
Sarcorhamphus papa

Outros nomes: Corvo-branco, urubu-real, urubu-branco, urubutinga, urubu-rubixá e iriburubixá


Descrição
Urubu-rei (Sarcoramphus papa) é uma ave de rapina da família Cathartidae.
Tem cabeça e pescoço nus, pintados de vermelho, amarelo e alaranjado, a parte superior do corpo amarelo-clara, esbranquiçada, asas e cauda pretas, o lado inferior branco, com plumagem branca e negra. Possui uma envergadura que varia de 170 a 198 cm e peso que oscila de 3 a 5 kg, medindo cerca de 85 cm de comprimento. Na natureza tem poucos predadores naturais, mas, devido à baixa reprodutividade da espécie e à degradação do seu habitat, é uma espécie cada vez mais rara de se observar. Também é conhecido como corvo-branco, urubu-real, urubu-branco, urubutinga, urubu-rubixá e iriburubixá.
O maior e mais colorido de todos os urubus, recebe este nome por vários motivos: pela exuberante coloração, presente principalmente na cabeça, e de seu forte bico que lhe proporciona ser o único urubu a conseguir a abrir as partes mais difíceis de seu alimento, como a carcaça de um animal grande, e sendo capaz de rasgar o couro de um boi ou de um cavalo; como é um urubu sociável freqüenta carniça com outros urubus e assim que ele "abre" uma carcaça é seguido por outras aves necrófagas, que se aproveitam da carcaça já aberta para se alimentarem, quando ele não encontra a carniça espera que outros urubus achem-na, para então ele se alimentar, essas espécies que o acompanham na alimentação ficam afastadas, devido ao seu tamanho, dando a ele o aspecto de ser o rei entre elas;essas espécies nunca disputam alimento com ele, esperam respeitosamente que ele se satisfaça para então comer o que sobra.


De narinas vazadas, tem pernas cinza e garras longas e grossas, possui uma crista carnuda e laranja, pendente no macho. O urubu-rei é mudo, não possui siringe (laringe inferior das aves), sabe, porém bufar. A cabeça e o pescoço do urubu são implumes, isso quer dizer que não têm penas. Esta falta de penas é uma adaptação de higiene, a falta de penas previne bactérias da carniça, e expõe a pele aos efeitos esterilizantes do Sol.
Raramente ele voa mais alto que 400 metros e podendo enxergar uma presa de 30 centímetros no solo, mas prefere animais grandes. Destaca-se dos outros urubus pelo desenho branco e preto da asa e pela cauda muito curta, o que lhe dá uma aparência arredondada em vôo. Quando está sobrevoando uma área, chama a atenção o contraste entre o negro da cauda e asas com o corpo todo branco do adulto. Para diferenciá-lo do Cabeça-seca a grande altura, observe que a cabeça e pescoço são pequenos e pouco notáveis, bem como os pés não aparecem depois da cauda.

Ao contrário dos outros urubus, é todo negro até o sexto mês de idade. A partir daí, começa a adquirir plumagem branca amarelada do corpo; só às penas da cauda e as longas penas da asa continuam negras. É um processo de até 4 anos de duração. O pescoço é todo colorido, alaranjado ou vermelho. Essas cores fazem um intenso contraste com o olho branco, cor já exibida pela ave juvenil. O urubu-rei não possui muitas diferenças sexuais, o macho é levemente maior do que a fêmea. Ao nascer, está coberto com uma fina penugem branca, mantida nas primeiras semanas de vida.


Alimentação

Sua dieta é estritamente carnívora, mas nunca se alimenta de animais vivos, salvo se estiver faminto e a presa estiver agonizando. Como consumidores de carne em putrefação desempenham importante papel saneador, eliminando matérias orgânicas em decomposição. São imunes, aparentemente, ao botulismo. O suco gástrico dos urubus é bioquimicamente tão ativo que neutraliza as toxinas cadavéricas e bactérias, eliminando perigos posteriores de infecção.

Quando são alimentados em cativeiro com carne fresca, são limpos e sem mau cheiro. Assim que avista uma carcaça, mergulha rapidamente em direção ao solo e pousa nas proximidades. Por mais fome que tenha, espera cautelosamente durante uma hora. Então, convencido de que não há nenhum perigo, come até mal poder se mover. De barriga cheia, exala um cheiro forte, repugnante.


Reprodução

Na estação de reprodução que vai de julho a dezembro, o macho corteja a fêmea empoleirado ou no solo, abre e fecha as asas e exibe a vértice vivamente colorido, abaixando a cabeça. O casal escolhe um local sem muito capricho, no chão da mata ou no meio de pedras, ou em morros. No último caso simplesmente aproveita um ninho já existente, para fazer a postura dos ovos que são em número de 1 a 2, mas com cobertura vegetal densa. A incubação é longa durando de 53 a 58 dias. Enquanto a fêmea choca os ovos, o macho sai a procura de alimento para ambos. O casal pode se revezar na incubação.

Quando o filhote está nascendo, a fêmea ajuda a tirar a casca do ovo delicadamente, e quando finalmente o animal sai do ovo possui uma fina penugem branca, mantida nas primeiras semanas de vida, e com o passar dos dias seu aspecto lembra uma bola de algodão. Logo é alimentado pelos pais com regurgito. Atinge a maturidade sexual aos 3 anos, quando já pode apresentam coloração típica.


Ameaças

É vulnerável à extinção, pois é o único urubu brasileiro que é afetado pela destruição de seu habitat, além de ser capturado para tráfico de animais por sua beleza, e ser captura para ser exposto como troféu.


Distribuição Geográfica e Habitat

Habitante de zonas tropicais a semi-tropicais, desde o México à República da Argentina, e em todo o Brasil, onde sua caça é proibida, pois é considerada uma ave importante na limpeza do meio ambiente, quando muitos animais são exterminados por doença, o urubu ajuda a controlar a epidemia comendo os animais mortos e agonizantes.



Distribuição em Laranja

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