Arara-azul-de-lear



Reino: Animalia
Filo:
Chordata
Classe:
Aves
Ordem:
Psittaciformes
Família:
Psittaciformes
Género:
Anodorhynchus
Espécie:
A. leari
Nome científico:
Anodorhynchus leari

Descrição

Esta espécie habita uma região próxima à área de ocorrência da Ararinha-azul. Embora também viva na região de caatingas do norte baiano, esta espécie ocupa um tipo diferente de caatinga.
Existem, hoje, cerca de 600 araras desta espécie na natureza. Conhecemos lá alguns detalhes sobre a vida desta espécie, mas até a década de 70 não sabíamos praticamente nada.
Descoberta para a ciência no século passado, esta arara esporadicamente apareceu no comércio de aves vivas ao longo deste século, sem que sua origem fosse conhecida.
Nunca foi freqüente no comércio de animais vivos e somente poderemos especular uma caça pelo homem como alimento, já que não existem registros desta atividade sobre a arara. Possui um comprimento de 71 a 75 cm e pesa em torno de 940 g.

Possui coloração semelhante a A. hyacinthinus, porém nitidamente menor. A diferença entre as duas espécies reside no tom de cores: a cabeça e o pescoço possuem coloração azul-esverdeados, a barriga possui a cor azul-desbotado, com asas e caudas num tom de azul cobalto. Possuem o anel em volta do olho de cor amarelo claro, com as pálpebras brancas ou levemente azuladas. A diferença mais significativa está na forma da barbela (pele em torno da mandíbula). Em A. hyacinthinus tem a forma de uma fita, quanto que em A. leari possui a forma de nódoa (gota).


Alimentação

Sementes de palmeira licuri (Syagrus coronata), flores de sizal (Agave sp), frutos de pinhão (Jatropha pohliana) e Spondias tuberosa. E quando a escassez de alimento é grande, as araras se alimentam de milho (Zea mays) plantado pela população local. Em 2006, sob a coordenação do IBAMA, a Parrots International e Fundação Lymington ressarciram o milho para a população que teve plantação atacada pelas araras-azuis-de-lear.


Status

Ave criticamente ameaçada de extinção (CITES I). O principal motivo é o tráfico ilegal dessas aves para criadouros particulares e a destruição do seu habitat, afetando principalmente as áreas de alimentação. Existe um Programa de Conservação da Arara Azul de Lear (www.proaves.org.br), realizado pelo Cemave, Pro-Aves, Fundação Biodiversitas e coordenado pelo IBAMA, bem como um comitê internacional para recuperação da espécie na natureza e em cativeiro. População silvestre atual estimada em torno de 600 indivíduos.


Distribuição Geográfica

Encontrada no norte da Bahia, especialmente na Reserva Ecológica do Raso da Catarina e na Reserva Biológica de Canudos.
Na região da caatinga, utilizando áreas de paredões e cânions de rochas sedimentares para dormir e nidificar e alimentando-se nas áreas com palmeiras.

0 comentários: